EDUSTAT - Indicadores que caracterizam a qualidade no ensino superior

Indicadores que caracterizam a qualidade no ensino superior

outubro de 2020

O número de estudantes no ensino superior teve um forte crescimento nas últimas décadas. Que resultados alcançam estes alunos? Os estudantes que se formaram no ensino superior português terminaram os estudos com média de 14 valores. Dados relativos a 2015, 2016 e 2017 mostram, porém, ligeiras oscilações nas médias finais das licenciaturas e dos mestrados nesse período de tempo.



Antes da chegada à meta, importa perceber o que acontece pelo caminho. Existem dados para entender melhor este percurso. Quem abandona o curso após o primeiro ano de matrícula? Quem continua a estudar? Ou seja, quem desiste e quem resiste. O número de estudantes que deixam o ensino superior um ano após a inscrição no 1.º ano pela primeira tem vindo a diminuir.

No caso das licenciaturas, por exemplo, o abandono teve uma ligeira descida: 9,77% em 2015, 9,16% em 2016 e 8,2% em 2017. Ainda que redundante neste caso, poderá ser útil observar os números pela perspetiva de quem não abandona. Os estudantes que permanecem no mesmo curso um ano após se terem inscrito no 1.º ano, pela primeira vez, tem vindo a aumentar ligeiramente: 81,5% em 2015, 82% em 2016 e 82,2% em 2017. As percentagens sobre a permanência e o abandono dos estudantes após um ano de frequência do curso devem ser lidas atendendo que este é um indicador da qualidade das instituições.



Dos que aprendem para os que ensinam. Como se distribuem os docentes do ensino superior? Em 2018/2019, 77% dos docentes deste nível educativo lecionam em instituições públicas e 23% no ensino privado. Quem são estes docentes? No ensino público 35% são mulheres e 43% são homens, ao passo que no ensino privado 11% são mulheres e 12% são homens.



Olhamos, agora, para os rácios aluno/professor no ensino superior. Em 2018/2019, nas universidade e politécnicos públicos e privados portugueses contabiliza-se um professor por cada 11 estudantes. O rácio entre o número de estudantes e o número de docentes permite conclusões sobre o peso com o custo dos recursos humanos no total da despesa com a educação. 



A questão da garantia da qualidade da oferta educativa é um dos temas centrais da discussão em vários países. Em Portugal, uma das principais mudanças ocorridas no panorama do ensino superior português nesta matéria foi a criação, em 2007, da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), um organismo independente que estabeleceu um conjunto de critérios que garantem a qualidade dos cursos.


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